sexta-feira, 25 de março de 2011

Fome do que surpreenda...



Quase
(falando sobre os 20 e poucos anos)

Não mudei muito, quase nada.
Continuo acreditando em quase nada, extrema em quase tudo, seca em relação ao que tem ao meu redor, não conservando e fazendo pouco do que deve ser mantido, reclamando e fazendo caos psicológico, superioridade esmagadora, tentando levar os dias, aham tem-se alguns objetivos... Mas falo agora da situação do ser em si, o que se pretende fazer aqui, é mera condição do sistema, hoje é o eu, que intimo, que cansa de si mesmo, e pede arrego.
Toda essa mudança que assisto em vocês hoje, hum...
Já passei por ela, se não passei, ops é no mínimo óbvio, isso não é um quase óbvio, é arrasador e certeiro baby.
O estranho é não saber o que vêm pela frente...
O que vocês estão sentindo me mostrando, vivendo, eu já sei, e agora?
Penso que parei no tempo a espera que algo novo aconteça.
Gostaria de ter  acompanhado as coisas, ao seu tempo.
Porque toda pressa... Atropelamento, intensidade em tudo.
Talvez isso explique essa sensação de velhice em pleno auge da juventude.
Gosto de observar as pessoas.
Sinto-me pequena, também grande.
Mas isso não interessa. Interessa o que isso provoca, numa percepção mais atenciosa.
Através do outro consigo sentir o efeito do que escolho.
Como algumas escolhas,se mostram mais a frente.
Se talvez eu tivesse falado, se talvez eu tivesse feito aquele pequeno gesto, se eu não tivesse falado o que falei, nem pensado o que pensei...bem agora foda se.
Toda essa sede de liberdade conduz somente a solidão... Essa luta para escapar de tudo e todos... Fazendo pouco de tudo... No fim termina em solitude plena... E ai? Talvez não funcionou comigo.
Com maturidade um quase dela que seja.... Percebe-se que não há graça na felicidade sem poder compartilhá-la.
Vem um medo, um receio não sentido antes. Duvidas incertezas, saudade canalha.
Assumiram-se certas posturas, que convém em certos momentos... Mas nada é para sempre.
Dou voltas e voltas... Para dizer a mim mesma... Qualquer coisa que seja que me aquiete.
Talvez seja bom pensar um pouco conforme seu tempo... Fazer o que a idade impõe que faça... Se submeter um pouco, parar de nadar contra . Pois cansa, dói. Ah se dói.
Não se pode recuperar aquilo que foi derramado... Atribulações, alegrias .
Esbanjosas ou não. O que foi... Apenas foi.
Talvez seja bom ir junto com o vento. O inesperado tem que fazer graça. Não se pode ter cartas debaixo da manga sempre. Vou aceitar de uma vez o fato de dar tempo ao tempo.

Quase me falta inspiração, mas(...)


Vamos, vamos!!! Eu quero o que interessa duma vez, aquilo que surpreende, o quase eu  já conheço bem.

"mas é preciso passar por uma porção de besteiras até chegar ao que interessa..." C.F






quarta-feira, 2 de março de 2011

Para o amor -> SOMA



"Beija-me, abraça-me com rudeza;
Esgota-me até o coma;
Conserva-me a ti;
O amor é como o SOMA."


Brave new world  -  Huxley

o braço estendido
suspenso ao ar
como se estendesse a mão a alguém
instantes profundos
e longos
se da conta do elo
que busca inconscientemente
fixa o olhar
sente o calor da mão quente
apertando
o cheiro, o olhar, é real...
acorda!
liga a luz
nada.
estende a mão na busca
daquilo que falta
o passado mal resolvido,
quando esta só, ri,
 e dança na cara
sem ter com o que
ocupar a mente,
vem ao pensamento
saudades, nostálgicas, canalhas e traidoras,
de pessoas
pq ainda nessa?
dorme de novo.
sonhos delirantes que revelam
o quanto não se é forte
o quanto se tem falta
o quanto a arte de amar, é a loucura
mais insana de todas...

escrevi em vermelho
saudando os velhos tempos
te amei.
será amor, o q me tira o sono.
isso não é amor...
o que me tira o sono
é odiar gostar de vc...

♫A arte de amar, a cachaça no bar
E a cabeça cansada de pensar♫

lirismo dos infernos ¬¬

soma por favor.