terça-feira, 19 de outubro de 2010

Algo mais....

"Mas pouco sabemos até experimentarmos o quanto de incontrolável há em nós, instando-nos a atravessar geleiras e torrentes e subir alturas perigosas, por mais que o juízo proíba."


John Muir




(...)


Difícil colocar em ordem o que penso, neste exato momento, onde vinte anos já se foram, e agora?

Será esse o momento??? Limites, quais os meus? 

 Às vezes, sinto algo como uma falta de inspiração causada pela mesmice, pela rotina, pelo acomodamento...

Falta daquela gana por liberdade, tenho medo desse clima de aconchego, anseio a adrenalina e prazer de sempre estar mudando, procurando, descobrindo...
  
A medida com que o tempo passa certo acomodamento faz com que o ritmo desacelere... Mas ao mesmo tempo tenho medo, não quero parar, na verdade o que eu quero então...

Um amor para toda vida, um casamento sólido, uma boa posição social, ser um orgulho na família, caminho exemplar...

Muito bonito, mas nada interessante!

Eu e mais um trilhão de pessoas fazendo exatamente a mesma coisa... Se for para ser um padrão, qual o sentido então? Isso me entedia.

Destino? Besteira...

 Fazer meu caminho, e que seja como eu achar que tem que ser... Quero sempre essa vontade de revolucionar, nem que seja eu mesma, se o mundo esta fora do meu alcance...

Saudade da minha adolescência de sonhos... E agora!!!
Deixar na lembrança ???!!!!

Eu quero é curtir, fazer o que eu gosto, amar do meu jeito, andar, andar e não olhar para trás... Descobrir do que eu sou capaz...

As pessoas que mais me amam me aprisionam... Mas o que eu mais amo "liberdade" me da força para lutar e voar, agora e para sempre... Nada pode me deter, quando respiro, e persisto naquilo que acredito.

O resultado final de minha história, não faz diferença, quando comparado a intensidade de sua ocorrência... O que esta valendo é viver...

 Não se pode  deixar dúvidas traidoras, apunhalar sonhos...

Prefere chorar? Eu prefiro voar.

(...)


"O poeta se faz vidente através de um longo, imenso e refletido desregramento de todos os sentidos ..."  Rimbaud



segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Já dizia Nietzsche...







... quando se amarra bem o próprio coração e se faz dele um prisioneiro, pode-se permitir ao espírito muitas liberdades ...
Nietzche


sem mais, é o que temos para hoje.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Divagações...


(...)


E como uma frágil planta,
recém arrancada da terra, estava
tremendo por causa do frio
 do inverno ...


Sente vontade de seguir em frente,
ânsia de ficar bem e simplesmente
cair na alma lavada ...


Se pudesse controlar sentimentos...
sentir só o que quisesse...
teria descoberto a receita para tudo...
impossível , não ser consumida por eles...


Lembranças que permanecem tão vivas,
quanto a mente que não para...
pensamentos, lugares, rostos, cheiros, músicas, livros, pessoas...
lindo é ter lembranças...
mas não querer viver por elas, voltando sempre a elas,
num incansável efeito retrô, e não valorizar o que esta na cara...


A vontade de mudar pulsava forte... estava a flor da pele...
inconscientemente havia sinais que algo iria acontecer...
tanto se busca que se alcança...
aconteceu... maravilhoso!


Mas o incrível, é como aquilo que parecia
esgotado, hoje com olhos líricos da saudade,
já não parece ruim...


Saudade... faz dar valor... mudança ... luta-se por ela... sofre-se com ela...
Sofrer... bem, parte do charme de se estar vivo...
O amar um eterno se entregar e se reerguer...


Mas de todas as voltas...
Como é incrível essa capacidade
de insatisfação humana...


Seria mais simples só aproveitar e ... é o que se almeja,
mas por natureza... sempre alguma insatisfação aparece...
por mais que se tente, ela surge...


E ai aquela sensação da
frágil planta,
recém arrancada da terra...


Tentar não perder o controle de si mesmo...
nesta onda de sentimentos ... talvez ...


E continuar nesta busca constante de prazeres da vida ...  provável ...


(...)




sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Estranho Íntimo ...



Engraçado... se tem coisa que eu não curti, foi os meus últimos anos escolares.
Mas foi nesses anos que nasceu o estranho íntimo... um trabalho de literatura, pretensioso e tosco ao mesmo tempo... a idéia era em um caderno qualquer, colar uma imagem e escrever, com que aquilo se relacionava na nossa vida... para variar não consegui escrever frases abaixo de imagens retiradas de revistas velhas, eu coloquei minha vida até aquele momento, o que eu já sabia, e o que eu queria dali para frente... claro literatura com certeza não foi meu problema em fins de anos escolares atordoados com física e química hehehe ... o "caderninho", ficou guardado em meio a muitas papeladas que insisto em guardar... esses dias resolvi dar uma organizada, e eis que o caderno apareceu, reli todo novamente... e foi incrível... eu fazendo uma análise de mim mesma, a uns 2 anos atrás, 3 mais precisamente... horas eu ria, horas eu fazia uma cara de, puta merda que é isso hehe... o resultado da análise foi aquele clichê, mas que não tive como escapar... a velha metamorfose ambulante hahaha... mas é interessante... depois que terminei o caderno parei de escrever sobre o que acontecia comigo, o que eu sentia, curtia, amava, odiava... hábito que eu tinha a um tempo, depois de ouvir ou ler não me lembro, que escrever sentimentos demasiados, é como ofuscar, oprimir eles em linhas e consequentemente não por para fora os tais sentimentos... besteira!!! se fosse assim, poetas, músicos, escritores, amadores... nada existiria... então resolvi dar luz a um novo estranho íntimo, pois hoje não acho tosco, as coisas mudam, cabeças mudam ... nele índices não convém... ou seja, das coisas que gosto ou não, aqui eu coloco o que me der na telha... uma permanente análise... é a melhor forma de sentir o que sou e penso, sem rodeios ou visões alheias, e expor aquilo que gosto...


"if the doors of perception were cleansed every thing would appear as it is, infinite"






http://www.hippies.com.br/books/Aldous_Huxley-As_portas_da_percepcao.pdf