sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Estranho Íntimo ...



Engraçado... se tem coisa que eu não curti, foi os meus últimos anos escolares.
Mas foi nesses anos que nasceu o estranho íntimo... um trabalho de literatura, pretensioso e tosco ao mesmo tempo... a idéia era em um caderno qualquer, colar uma imagem e escrever, com que aquilo se relacionava na nossa vida... para variar não consegui escrever frases abaixo de imagens retiradas de revistas velhas, eu coloquei minha vida até aquele momento, o que eu já sabia, e o que eu queria dali para frente... claro literatura com certeza não foi meu problema em fins de anos escolares atordoados com física e química hehehe ... o "caderninho", ficou guardado em meio a muitas papeladas que insisto em guardar... esses dias resolvi dar uma organizada, e eis que o caderno apareceu, reli todo novamente... e foi incrível... eu fazendo uma análise de mim mesma, a uns 2 anos atrás, 3 mais precisamente... horas eu ria, horas eu fazia uma cara de, puta merda que é isso hehe... o resultado da análise foi aquele clichê, mas que não tive como escapar... a velha metamorfose ambulante hahaha... mas é interessante... depois que terminei o caderno parei de escrever sobre o que acontecia comigo, o que eu sentia, curtia, amava, odiava... hábito que eu tinha a um tempo, depois de ouvir ou ler não me lembro, que escrever sentimentos demasiados, é como ofuscar, oprimir eles em linhas e consequentemente não por para fora os tais sentimentos... besteira!!! se fosse assim, poetas, músicos, escritores, amadores... nada existiria... então resolvi dar luz a um novo estranho íntimo, pois hoje não acho tosco, as coisas mudam, cabeças mudam ... nele índices não convém... ou seja, das coisas que gosto ou não, aqui eu coloco o que me der na telha... uma permanente análise... é a melhor forma de sentir o que sou e penso, sem rodeios ou visões alheias, e expor aquilo que gosto...


"if the doors of perception were cleansed every thing would appear as it is, infinite"






http://www.hippies.com.br/books/Aldous_Huxley-As_portas_da_percepcao.pdf






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